Tuesday, June 19, 2007


meu rosário de estrelas transparentes fica pendurado na janela.
no meu rosário cada estrela é uma ave Maria que não dorme.
vigia.

Friday, May 25, 2007




Às vezes me penduro e deixo o sol esquentar meus dedos, olhando pro infinito de tijolos e antenas, me pergunto se vale a pena ter os pés tão firmes na terra, porque não evaporar e trilhar outros rumos mais leves e de tristezas mais breves. Não combinar os compromissos alheios com os meus, ir alem dos extremos...

Monday, May 14, 2007











Sintonia que transforma a forma, o pensamento em plano sólido, o dia em dias vezes o instante.
Relação entre o próprio e o impróprio, o que eu entendo e o que ainda não sei compreender.
A inconstância dos pensamentos, o sim e o não que multiplicam a razão.
Fotos: Joanna Gorlach

Des-Afiar, lamina de faca, reflexo do homem que fatia, divide o instante em partes iguais.
Poder de ensinar, divisão de pedaços.
Foto: Joanna Gorlach

Tuesday, April 24, 2007


Escutar o silêncio, enxergar além das lâmpadas, apagar e ascender, notar as mudanças durante a escuridão.

Tuesday, April 03, 2007


quero dias coloridos por lá,
quero o prazer de ver andorinha voar,
sol nas costas e nos pés,
vida solta no vento com o leve movimento,
folha seca no ar, vento da saia a bailar.

Tuesday, March 27, 2007


Art [Ficial]



Sobre a mente falaremos depois, no momento de escapar, deixar rastros propositais, pensamos mais.
Desnutrido amor, incolor, sem dor.
Resultado de amar, Borboletas.
Particular Infinito, olhos para uma vida longa.

Thursday, February 15, 2007





Espaço de tempo






Espaço vago no trem, na fila do armazém.

Porta espaçosa pra namorar e apertada pra fazer a geladeira entrar.

Espaçonave que espaça, espera a hora de pousar,
pouso leve borboleta breve.

Friday, February 09, 2007


preocupação idiota em achar o que o outro acha..

Tuesday, February 06, 2007


instante parado, cidade sem som..

Tuesday, January 30, 2007


Dei um tempo ao descompasso do coração, deitada eu vi o tempo passar e o céu mudar de cor, senti o cheiro bom no ar, guardei no bolso pra não escapar.

..a repetição que faz bem..



Sem ritmo, o barulho segue meus passos e se deita comigo na hora de dormir, descobre sobre meus sonhos, intromete nos meus segredos espalhando meus sorrisos sem permissão, prende minhas lagrimas em garrafas de soda.


Tentei guardar o seu barulho no meu bolso.

Wednesday, January 10, 2007


Um estrago meu,
um grande engano seu,
no bolso ou no rosto,
estampado ou rasgado.
Me compra um cigarro.

Reflexo de um mundo torto,
de um dia mal planejado,
acaba vida e morte,
coisas nascem pelos cantos,
e no centro de tudo, algo acontece,
esclarece,
empobrece,
enriquece.

Monday, January 08, 2007


Um pouco, um tanto, um santo.


Cada um, um manto, um destino, um caminho.


De vida ou de morte, depende da sorte.

Saturday, January 06, 2007




Menina deitou-se para dormir e o pensamento invade sua cachola, ou a cachola invade seu pensamento? pois bem! Esquecendo-se do que iria fazer,ou melhor, de sua rotina, como se essa dormente sonolência não valesse de nada. Pensando no que gostaria de sonhar ou de algo que virasse realidade no dia seguinte? Pensava mais do que falava, pensava-se um pensamento ilusório, fantasiava diferente. E quando chegasse a manhã pensava mil coisas para que uma delas, sonhaste na noite seguinte.

Foto e Texto por Fernanda Paula:

http://www.fotolog.com/feathersequins

Thursday, January 04, 2007


Datado coração remendado, validado, vencido.
Passou o tempo de fazer histórias vivas e murmúrios em becos.
Decore meu nome toda vez que passar pelo poste onde o mundo vive parado...parado...
Canto meu canto, cantado, soletrado, surdo, mudo, trancado em celas, seladas para o correio.
Levando o vento leve pelo túnel que leva à cidade do lugar algum, tempo despontado, contado por um homem vendado, deitado na esquina da vila onde o cara do carro não passa, nunca passa..


Piso no piso liso e faço riso quando caio no espaço,
flutuando...
acabo dependurado,
laçado,
amarrado,
errado,
atrapalhando o trafego dos pássaros...

Wednesday, January 03, 2007


Uma ventania de dia,
levou a roupa do varal da minha tia,
ceroulas, camisas, vestidos, voando "coloridas" pelo céu cinza.
Eu, da janela via o mundo girar, queria sair pra brincar.